A teoria geral da
administração trata de como os líderes se relacionam com seus colaboradores
para que tenham motivação de trabalhar e atingir suas metas. Ela dá uma
percepção de como administrar a empresa ou organização.
A ação administrativa assume
feições diferentes dependendo das condições internas e externas da empresa, ou
seja, ela nunca é igual em todas as empresas, pois varia de acordo
com inúmeras variáveis. O administrador interpreta os planos
organizacionais para as pessoas e proporciona a
orientação necessária sobre como executa-los e garantir o alcance dos
objetivos. O papel dele é promover a integração e articulação entre as
variáveis organizacionais e as variáveis humanas, focalizando o ambiente e o
cliente. De um lado as variáveis organizacionais como missão, objetivos,
estrutura, tecnologia, tarefas, etc., e do outro as variáveis humanas, como
habilidades, atitudes, competências, valores, necessidades individuais, etc.,
que devem ser devidamente planejadas e balanceadas.
Uma organização com
foco conhece o que ela faz melhor. Foco é o estabelecimento do ponto de
encontro dos esforços conjuntos e por meio da flexibilidade e da facilidade de
sofrer adaptações e ajustamentos na medida do necessário estimula a organização.
Em termos do administrador, o planejamento irá auxiliá-lo a alcançar o melhor
desempenho porque o planejamento é orientado para resultados, para prioridades,
para obter vantagens e para mudanças.
Até o início do século XX, a administração evoluiu
a pequenos passos e de forma muito lenta. O surgimento e a consolidação da
economia capitalista industrial ocorreu de forma bem gradual. Iniciou-se
com o declínio das bases do sistema feudal, seguido do surgimento da produção
de manufaturas e das corporações de ofício que gerou uma consequente emergência
da burguesia mercantil como classe dominante e a consolidação do Estado
Absolutista apoiado por ela. Percebendo que o poder real e absoluto dos
monarcas emperrava seu crescimento, essa mesma burguesia passou a defender
teorias do liberalismo econômico e até conseguir consolidar seu poder.
Progressivamente, as corporações de
oficio passaram a ser substituídas pelo trabalho assalariado entre os
séculos XVI e XVIII. Foi somente após uma maior modernização da sociedade
através da Revolução Industrial que o pensamento administrativo teve
início.
Foi nesse contexto entre os séculos XIX e XX que os
Estados Unidos se tornaram a principal potência industrial do planeta.
Simultaneamente, tornaram-se o berço para o surgimento uma das primeiras Teorias
da Administração: a Administração Científica (Taylorismo).
As Teorias da Administração podem ser agrupadas
segundo suas ênfases (nas tarefas, na estrutura, nas pessoas, no ambiente e na
tecnologia). É importante destacar que as teorias não são contrárias umas às
outras, mas antes, se complementam. Pode haver uma crítica aos conceitos
defendidos por uma teoria anterior. No entanto, essa crítica vai gerar o
desenvolvimento de proposições mais complexas, mas que ainda integram muito o
defendido anteriormente, porém de forma mais aperfeiçoada.
Podemos citar como
principais teorias da administração:
- Administração
Científica (Taylorismo): com ênfase nas tarefas, buscava a
racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no
empregado. Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a
eficiência, não levava em consideração as necessidades sociais dos
funcionários.
- Teoria
Burocrática (Weber): com ênfase na estrutura, tinha como objetivo
a racionalidade organizacional e a organização formal (baseada em regras e
normas). Focava na organização inteira. Apresentava muita rigidez e
lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a eficiência.
- Teoria
Clássica (Fayol):
também apresentava ênfase na estrutura. No entanto, o foco estava no
gerente (visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das
funções principais do administrador, o qual teve a profissionalização de
seu papel como gerente.
- Teoria
das Relações Humanas: como o próprio nome já indica, sua ênfase estava nas pessoas.
Iniciada a partir da experiencia de Hawthorne (análise das relações
da produtividade com a iluminação da fábrica de equipamentos eletrônicos
de Hawthorne), defendia um enfoque na organização informal, na
comunicação, liderança, motivação e dinâmicas de grupo.
- Teoria
Estruturalista:
apresenta ênfase tanto na estrutura como no ambiente. Sendo assim, ela tem
uma abordagem plural que observa a organização, tanto no seu aspecto
formal quanto informal, e também o ambiente e como a organização interage
e aprende com ele.
- Teoria
Neoclássica:
ênfase na estrutura. Sustenta-se na prática da Administração, na
reafirmação dos princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração,
porém de forma redimensionada.
- Teoria
Comportamental:
ênfase nas pessoas. Apresenta um enfoque behavorista. Apesar dela ser
decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece uma visão do
comportamento inserido no contexto organizacional.
- Teoria
Contingencial:
ênfase no ambiente e na tecnologia. Defende tanto que não há uma melhor
maneira de organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser
eficaz da mesma forma em todas as situações.
Bibliografia:
CERVANTES,
Caravantes, R; PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C. Administração: teoria e
processos. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005.
MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria
Geral da Administração.3ª Ed. Ver. – São Paulo: Cengage Learning, 2015.
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